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Há mais de uma décadas criando e produzindo música, metade da trajetória de Josemar Ricardo, o Dj Joss Dee, se desenvolveu no Brasil. Mas, não é aqui que essa história começa. Nascido em Luanda - capital de Angola - o artista, que também é designer gráfico, aprendeu desde muito cedo que a sua missão seria criar através de diferentes linguagens. Inicialmente influenciado pelo Kuduro, gênero musical de seus país de origem, o dj chega ao Brasil e expande seu repertório com influências do funk e diferentes estilos afro-brasileiros.
Em 2020, ano em que a pandemia do Coronavírus assolava o mundo, o artista voltou o seu foco para a produção musical e lançou a sua primeira obra solo, intitulada “The Hot Tape''. Uma mixtape de 10 faixas musicais, acompanhada de um BeatLab e um minidocumentário sobre o Afrofunk.
Ele, que hoje é membro da Academia do Prêmio Multishow, já tocou com grandes artistas como Erykah Badu, Criolo, BK, Luedji Luna e Flora Matos, mostrando versatilidade em suas criações e produções. Em 2022, coroando a sua trajetória, teve sua música “Deixa Brilhar”- produzida em parceria com a artista Ella Fernandes - cantada em um dos maiores festivais de música do mundo: o Rock In Rio. Outra parceria marcante resultou em um remix no
estilo afro house, com a atriz e cantora internacional, Thalma de Freitas, no single “Tranquilo”.
Dinâmico, Joss Dee já passou pelo Festival Internacional das Artes da Língua Portuguesa (Fetlip), é produtor e curador da festa OkuPiluka, dedicada à promoção de música africana, e faz parte da Mandinga Beat, produtora que constrói pontes sonoras entre Brasil e África.
Além disso, fez residência artística no Estude o Funk, um programa de aceleração artística, realizado pela Fundição Progresso, com objetivo de fomentar a cultura do Funk carioca e a profissionalização de artistas da nova cena musical.
Em ascensão e marcando sua trajetória com criações autorais e grandes parcerias, Joss Dee é um expoente da nova geração de artistas africanos, que aliado a música afro-brasileira, faz de sua arte um caminho de conexões das diferentes culturas negras.
"Eu defino a minha música como uma tela onde eu pinto várias facetas que me caracterizam como ser. Para mim arte é comunicação, arte gera revolução. Através das artes é possível exprimir e demonstrar para os outros o que sentimos. As artes nos apresentam outros tipos de possibilidades e caminhos. Acolhe, provoca, instiga, acalma. A arte muda vidas!", afirma o artista.