Filpo Ribeiro trabalha há mais de 20 anos executando e pesquisando instrumentos da tradição
popular brasileira como rabeca, viola caipira, marimbau e violão. Também atua como produtor
musical e construtor/luthier de rabecas e marimbaus. É um dos criadores do grupo Jovens
Fandangueiros do Itacuruçá, da Ilha do Cardoso (Cananéia/SP). Durante dois anos trabalhou
junto ao grupo Paranapanema pesquisando e executando repertório baseado no samba paulista,
congadas e batuques de umbigada. Nesse mesmo período estudou na Universidade Livre de
Música (atual EMESP - Tom Jobim) e na Faculdade Alcântara Machado (FAAM).
Participou de shows e gravações com artistas como Sebastião Biano, Oswaldinho do Acordeon,
Nelson da Rabeca, Naná Vasconcelos, Mestre Luiz Paixão, Zeca Baleiro, Siba, Ná Ozzetti, Ceumar,
Comadre Fulozinha, Banda de Pífanos de Caruaru, Cia Cabelo de Maria, Tião Carvalho, Socorro
Lira, Di Freitas e Kátya Teixeira. Em 2012 gravou o programa Ensaio (TV Cultura) com o projeto
solo de Sebastião Biano, da Banda de Pífanos de Caruaru.
Em outras áreas artísticas, atuou nas performances musicais Audição, da artista Cinthia Marcelle,
em 2012, na mostra O interior está no exterior, com curadoria do suíço Hans Ulrich Obrist, na
icônica Casa de Vidro de Lina Bo Bardi; e também na performance Mbamba Mazurek, da artista
polonesa Iza Tarasewicz apresentada na 32a Bienal de São Paulo, em setembro de 2016.
Foi fundador e integrante do grupo Pé de Mulambo, ao lado dos músicos Guluga (Recife/PE) e
Rone Gomes (Olinda/PE), cujo trabalho reuniu composições próprias e temas tradicionais
relacionados ao universo da rabeca brasileira e da viola de dez cordas. Com eles, lançou dois CDs:
Segura Essa Munganga aí, Menino!, (2011), e Giro Solto (2013), assinando a direção musical ao
lado de Marcos Alma (ambos pelo Selo Cooperativa de Música/Tratore). O primeiro disco foi
premiado no mesmo ano pelo edital ProAC (Programa de Ação Cultural) da Secretaria de Estado
da Cultura e, em 2012, foi finalista do 23o Prêmio da Música Brasileira 2012 na categoria “Melhor
grupo - música regional”. Em 2014 deu sequência na pesquisa da rabeca e viola brasileira criando
o grupo Filpo Ribeiro e a Feira do Rolo, realizando shows e oficinas ligadas à cultura popular,
forró e o universo dos dois instrumentos. Em 2016, o CD Sebastião Biano e seu terno Esquenta
muié foi finalista do 27o Prêmio da Música Brasileira como melhor álbum instrumental.