Um músico que não para nunca, Billy Brandão compôs O Bicho Tá Pegando em paralelo à sua rotina de sideman. Se você é daquele tipo de ouvinte aficionado(a) por uma boa ficha técnica, já deve ter trombado com ele por aí. O Billy toca junto ao Frejat e ao Erasmo Carlos, entre outros, e até 2020 pelo menos vivia para lá e pra cá viajando o Brasil todinho em diferentes turnês.
No tempo livre entre isso tudo, o guitarrista foi registrando seus primeiros rascunhos sonoros e com as peças criadas, formatou uma banda com amigos e num banho de estúdio que vem acontecendo de 2018 para cá, O Bicho Tá Pegando foi sendo gestado, gravado no estúdio Du Brou, do amigo Frejat, as canções foram registradas com Billy nas guitarras, Alexandre “Katatau” no baixo e Lourenço Monteiro nas baquetas, os três tocando ao mesmo tempo.
Nas palavras do crítico Arthur Dapieve, ao ouvir Billy Brandão nos posicionamos “entre mesuras ao ídolo Jeff Beck, a Frank Zappa, Santana, Chick Corea e Hermeto Pascoal”. Dapieve destrincha algumas pistas desse processo também, oferecendo elementos mais detalhados para uma escuta atenta dos ouvintes. “Num afastamento deliberado do clichê da fusion, não há teclados. Sua função harmônica foi assumida por um naipe de metais – formado pelo trombonista Marlon Sette, o trompetista Diogo Gomes e o sax-tenorista Zé Carlos ‘Bigorna’ – que gravou em separado, assim como o percussionista Eduardo Lyra. Os quatro potencializam o peso e o calor do power trio central”, aponta o crítico.